Quando a morte vier
 
 
Quando a morte vier me buscar
Digam a ela
que chegue bem de mansinho
sem estardalhaço
e sem chamar a atenção.
 
De preferência,
quando eu estiver dormindo
e com os anjos sonhando.
 
Não quero sentir sua presença
nem suas mãos geladas me tocando.
Não quero ouvir seu irônico riso,
nem seus olhos de víbora me fitando.
 
 
Não quero assistir ao último ato
de minha vida
que está se acabando.
 
 Antonia Nery Vanti (Vyrena)
  
 

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