Lua  sem magia 

Olho a lua, não mais encontro sua magia!
Tua imagem, de minhas retinas,
por tua ausência esvai-se pouco a pouco.
Sim, foi um sonho, uma fantasia
que deixou meu coração perdido e louco.
 
Ardem-me os olhos de tanto chorar
por um sonho que durou tão pouco.
Como a lua, tornaste-te distante.
Como névoa desfizeste-te no horizonte.
Meus implorantes apelos
caíram em teus ouvidos moucos.

Quem sabe, ao admirar a lua
em seu passeio pelo firmamento,
tenhas um pouco de mim em teus pensamentos
E sintas saudades de nossos bons
 e mesmo dos maus momentos.

Nas estrelas  imagino teus olhos me fitando
Com aquele  brilho que delas roubaste
 e, iludida, sonho, que em mim
deves estar pensando.
 
Vago perdida, na penumbra dos caminhos
relembro nossos momentos ardentes
quando a ti entregava-me inteira,
sem pensar no certo e no errado
e sem cogitar que amanhã partirias
Sem um adeus, sem um aceno.
 
A lua, que tantas vezes foi testemunha
de ardentes abraços e beijos
Hoje, para mim, nada representa,
perdeu o brilho e, seu feitiço,
não mais me atinge,
pois tua ausência deixou meu corpo
apático e  despido de desejos.
 
Antonia Nery Vanti (Vyrena)
 

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