Farrapo humano


P
elas ruas... perambulando...
na mente... o vazio... somente!
Seja noite ou dia seja...
lá vai ele cambaleando...
um farrapo  de gente!

Na frouxa mão que pende...
uma garrafa de pinga...
ou... quem sabe...de cerveja!

Não lembra nem mais quem é.
Seu nome há muito esqueceu.
Vive assim o pobre coitado...
desde que seu amor perdeu!

À bebida entregou seu destino.
Nada mais para ele importa...
Não tem noção do errado...
muito menos do que é certo!

Entre as nuvens da memória
surgem... às vezes... lembranças
de sua triste história...
que logo são embotadas
pelos vapores do álcool.
E... lá vai ele...
cambaleando pela vida!
No pensamento... um deserto...
pobre farrapo humano!

Antonia Nery Vanti (Vyrena)
 

 

 

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